Eu me lembro do professor Orlandi com muita admiraçao. Quando entrei na Unicamp ele ja era professor aposentado e so aparecia por la em coloquios como esse acima citado. Me lembro de uma vez ele dizer que nós precisamos encontrar meios subversivos de lutar contra o poder, mas ainda fazendo parte da teia de relaçoes que estabelece e mantém esse poder.
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Eu tenho uma relaçao bem organica com o conhecimento. Talvez seja por isso que Foucault, Deleuze e até o Thompson, fizeram grande sentido na construçao de boa parte do que sou hoje e de projetos pro que eu ainda quero ser.
(ta, teve muito mais coisa por traz disso tudo, mas pro momento fica esses ai mesmo!).
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A historia da minha relaçao com a filosofia e com os estudos humanisticos e artísticos começaram quando eu tinha 10 anos e encontrei, perdido entre os livros dos meus pais, Assim Falava Zaratrusta. Eu li, e achava que era um romance. E nao podia ser diferente, vindo de uma familia estranhamente religiosa, o que uma menina pensaria ao ler isso: Quando, porém, Zaratustra se viu só, falou assim, ao seu coração: “Será possível que este santo ancião ainda não ouvisse no seu bosque que Deus já morreu?”
Mesmo achando que era um romance a menina de 10 anos começou a ver as coisas de uma forma diferente, e fez greve de oraçao por 2 semanas.
Meu pai tocava violao, tocava as musicas antigas do samba de raiz. E minha mae dançava na sala, rodopiava pra la e pra ca... Tinha varias estorias dos antigos, minha casa tinha sempre muitos velhos indo e vindo, e eu adorava escutar esses contos de um mundo ao qual eu nao pertencia e nao conhecia.
Naquela época e ainda por muitos anos, a vida toda parecia uma grande obra de arte cintilante.
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A minha primeira maquina fotografica apareceu quando eu tinha 11, e eu fazia fotos dos funerais de animais que a gente encontrava morto no quinta, passarinhos, minhocas, essas coisas... tem muita foto engraçada daquela época...
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Um outro dia continuo esse post,
É engraçado rememorar a infancia...
K
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