lundi 30 juin 2008

How my heart behaves

(Sonhei que a Fadilah tinha tirado o hijab e que o cabelo dela era um dread lindo...)
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Hoje to sentindo um abismo. Nada aconteceu, tudo como sempre anda tranqüilo. Andei lendo muito Hannah, depois Virginia, ah, como é linda a forma que a Hannah escreve...
Fiquei ligeiramente com saudades das aulas de latim. Depois de um tempo vc acaba achando que valeu a pena fazer latim. Mas ontem falava com o João, meu amigo artista plastico especialista em gravura, e falávamos sobre livros de teoria de história... nossa, eu nunca gostei muito da escola dos anales. Sou muito mais uma mistura de Thompson com Foucault, Deleuze e os velhos vistos no curso da Isabel Marson. Alias, que bom curso.
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Fiquei pairando na gravidade do momento. Jogando voley com o Guillaume num parque pertinho da água sabíamos bem o que nenhum falava. Ele merece mesmo as estrelas, e incrivelmente eu acredito que é possível.
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O abismo de hoje nao sei de onde vem.

K

jeudi 26 juin 2008

one step closer


Minha viagem foi linda, regada de paisagens fantásticas e de um marido lindo.
Adorei tudo, comi bastante lagosta, vi o pearl jam, dancei, descansei, mas no fim ja estava com saudades de casa!
To lendo bastante coisa legal, que devo postar aqui em breve, quando a vida voltar ao ritmo normal.
Ouvindo feist e yael ianin.
k

jeudi 12 juin 2008

Um lindo dia de sol!

Ontem o dia tava tao bom, mas tao bom, que podia durar mais! Fazia um calor agradável, intercalado com um ventinho refrescante. Sai para passear com minha querida amiga Jana pelas ruas movimentadas do Platô Mont Royal, tudo tava tao bonito, as pessoas, as arvores, a comidinha do chez brasil!!!!
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Eu tava apaixonada, dia dos namorados hoje e ontem eu fui ao Edible.

La, comprei esse lindo arranjo de frutas pro Baby Boom, junto com um livro que ele tinha me pedido...
Hoje eles entregam no trabalho dele, por volta das 3h... espero que ele goste!
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Ontem falava com meu pai sobre a vida e coisa e tal, e ele me dizia que é importante respeitar o sonho dos outros. E os nossos. Sonho é coisa séria, ele disse.
Acho engraçado meu pai! Ele as vezes tem essas coisas de Guru, e me da conselhos valiosos que nem mesmo ele imagina. É muito bom ter pai.
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Feliz dia dos namorados!

K

dimanche 8 juin 2008

batuque

Então ontem Montréal tava cheia, Grand Prix e Festival de Moda, as ruas estava lotadas de tudo quanto é tipo de gente.
Na crescent street ouvia-se de longe um batucar, era um grupo de percussão batucando olodum e outras coisas mais. Nossa, mas que saudades que me deu da unicamp! Que saudades do batuque la do teatro de arena, todos os dias ao meio dia, no caminho pro bandejão...
Fiquei com lágrimas nos olhos, de verdade. Com saudades do chão coberto de flores roxas, dos ipês, das corujas que a gente sempre encontrava pelo caminho, perto da biblioteca do IEL. E quantas aventuras naquela biblioteca!
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Ontem mesmo tava assistindo o café filosófico da tv cultura, com o giacoia, o leandro karnal, o marcos nobre... nossa, que saudades de todos eles...
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To saudosista demais, talvez seja o calor, que ta igual ao de Barão Geraldo...

K

mercredi 4 juin 2008

Aracruz, Alberta e Macabéa

Esses dias têm sido de muita tosse. Nao sei se é alergia, ou uma gripe. Noites mal dormidas acompanhadas de Clarice Lispector e Macabéa.
Ontem um documentário na TV5 falava sobre a Aracruz, uma grande empresa de celulose sediada em Vitória, que literalmente havia acabado com a vida de muitos colonos daquela região.
O documentário falava sobre os refugiados climáticos, pessoas obrigadas a deixarem suas cidades por conta de mudanças drásticas no meio ambiente. A idéia era mostrar países pobres e ricos que estavam sofrendo com as questões ambientais, no caso a comparação era entre Alberta aqui no Canada, e Vitoria no Brasil.
Alberta vem sofrendo nos últimos anos com a tremenda exploração petrolífera. Muitas fazendas (o local é, ou era, extremamente agrícola antes) tiveram que ser vendidas para as petrolíferas por conta da periculosidade, a área alem de poder explodir a qualquer momento sofre também com a possível presença de gases nocivos, provenientes da extração do petróleo.
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Em alguns momentos do documentário alguns ex colonos que haviam vendido suas casas para a Aracruz deram voz aos seus sentimentos, e era tao seco, tao triste, era como a Macabéa falando que as coisas eram assim pq tinham que ser, era a Macabéa insossa, sem futuro, triste sem saber que o era.
E tinha uma velhinha, bem velhinha, negra, olhinhos murchos e quase verdes de tanta velhice, e nem lágrimas caiam daqueles olhos... E ela contava o que tinha acontecido com ela, e a câmera dava aquele close nos olhos dela, esperando as lágrimas que nao caíam nunca.
Aquela amargura que os velhos tem.
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K