mercredi 25 février 2009

San Francisco here I come


Mala eu sempre deixo pra ultima hora e nunca é problema, até pras viagens mais longas eu sempre faço tudo no ultimo minuto e tudo bem.
Fui na massagista pela manha dar um jeito na minha coluna pra aguentar o tranco de viajar por horas, depois fui visitar o bebe mais lindo do mundo e a sua mae mais linda do mundo tambem, que saudades que eu vou sentir quando eles me deixarem sozinha aqui em Montréal...
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Centro da cidade, o dia tava lindo, sol, parecia até primavera ja (rs!). Sacar dolares, dar o livro do Schopenhauer pro Fer, bater papo com o Fer, voltar pra casa, dar um jeito na casa e esperar o marido mais doce meigo bonito e gostoso chegar. Pq hoje a noite tem Lost, ufa!
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Vai ser ótima essa viagem pra San Francisco, rever minha familia americana vai me deixar muito feliz. E visitar Stanford, onde apliquei pro doutorado, passei nas duas fases e agora so me resta uma, mais complicada porém nao impossivel, rs. Alem de tudo isso, meu deus, ver verde, arvores, flores, calor de 15 graus for God's sake!!!
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Entao é isso, até breve!.

K

lundi 23 février 2009

Perda da Individuaçao na era do hypercapitalismo

Nao sei se em Portugues Hypercapitalismo é com y. É uma palavra nova, entao erros sao permitidos.
Foi um texto interessante de Bernard Stiegler que li pra um dos meus cursos, e juntando com Deleuze e a sociedade de controle, o texto nao poderia fazer mais sentido. Para Stiegler, nós passamos de sujeitos à consumidores, onde o dispositivo de controle é a estética... o corpo passa de "désirant" para "consommateur", e é a nossa consciencia que se transforma na matéria prima para o acesso aos mercados de consumaçao.
A midia cria desejos, e cria necessidades, é essa a tese de Stiegler. E isso me lembra uma conversa que tive um dia desses com minha amiga Bibis que andava incucada sobre a questao da mulher e do mercado, compras, essas coisas.
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Fora a leitura, passei um final de sabado muito mal, vomitando horrores. Alias, so tive alivio no domingo, quando literalmente capotei de tanto cansaço. Mas deu pra acordar e ver o Oscar, eu queria que a Angelina tivesse ganhado, mas anyways...
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Eu queria uma massagem, mas a massagista nao da sinal de vida. Tem paginas e paginas pra ler. Neve pra dedéu la fora.
Nada melhor que um dia assim, nublado e frio, pra aflorar os meus sensos estudantis!

K

samedi 21 février 2009

Aniversário de casamento, e o Barack

Barack veio a Ottawa na quinta feira. Eu nao ia pra la, mas no ultimo minuto resolvi ir. Peguei o trem (ah, minha gente, eu adoro andar de trem!!!)e quando cheguei la tinha uma multidao de gente... fiquei de longe esperando o carro dele passar e com sorte ve-lo acenar la do capitol.
E realmente ele deu o tchauzinho, e todo mundo ficou feliz, e eu sai andar pela cidade, contente de ter visto as pontas dos dedos do homem que todo mundo espera mudar o mundo.
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Tava nevando, tava escorregando, mas a cidade tava bonita e eu queria um dia morar em Ottawa... Parei numa padariazinha francesa, pedi um café... de repende varios seguranças entraram na padaria, cameras, um bafafa, e logo em seguida, sr Barack Obama entra pra comprar uns docinhos pra suas filhas, e até abraçou uma das trabalhadoras do local! Cara, foi taoooooo legal!!!!!!!
Foi legal ver de pertinho o homem que todo mundo espera salvar o mundo. Alias, o mundo é cheio de surpresas.
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Ontem fez tres anos que eu disse sim. Guillaume fez serenata pra mim, tao lindo! E me perguntou se eu diria sim novamente, sim, é claro!
Foi um dia feliz, com uma viagem bonita, massagens, vinhos, banhos quentes sob a neve... ai ai ai , que amor!
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Tres anos, pra mim parece que fi ontem.
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K

dimanche 15 février 2009

Of Mice and Men


O bloger deve estar com problemas, nao tem como definir minha fonte, nem o tamanho, mas enfim, ok.
A semana foi cheia de fortes sentimentos, pra nao entrar em detalhes.
Estou lendo o Arcades Project do Benjamin, gostando muito de entender o que era viver em Paris em 1900. O nosso mundo contemporaneo é de uma velocidade tao imensa que nem a diferença de um tempo pro outro, do tempo recente, a gente consegue assimilar, ou mesmo reconhecer.
Nao tive tempo de escrever no blog com tanta coisa pra ler e paper pra fazer.
Tambem a vida anda solitaria, nao consigo fazer tempo pra ver as pessoas que eu gosto. Quando tenho tempo elas nao tem, e quando elas tem sou eu que nao tenho...
Ganhei surpresas bonitas no valentines, entre elas uma viagem pra SF. Rever minha host family vai ser muito bom.
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Falei com pai rapidamente esta semana. Eu tive uma vontade absurda de comer uma torta que minha mae fazia quando eu era pequena. Meu pai me deu a receita e eu passei momentos felizes "a la Proust" apreciando a torta da minha mae... Memoria é coisa boa as vezes.

K

mardi 10 février 2009

no curso do Benjamin...



George Rodger, concentration camp Bergen-Belsen, 1945

k

lundi 9 février 2009

u

“Súbito, se deu conta.
Era dentro dela o deserto.”
Fal Azevedo em O Nome da Cousa pag26.

dimanche 8 février 2009

O que vc quer da vida?

Ontem uma pessoa muito importante me perguntou isso. O que vc quer da vida?
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Eu nao gosto dessa pergunta. Nao gosto pq é abrangente demais. E pq talvez, mas talvez, eu nao saiba o que eu quero da minha vida. Eu sei por exemplo que eu quero muito dar aulas, quero ser professora. Mas isso nao é nem de longe tudo o que eu quero na vida...
O Benjamin disse quando analisava Baudelaire que a sociedade capitalista havia criado um novo "ser", o flaneur. O Flaneur é um individuo que passeia na sociedade, que a observa, um boemio, excluido das atividades de troca da sociedade capitalista. Se fosse em 1900 bem que eu queria ser um flaneur. Hoje em dia a coisa muda um pouco. Na era do hypercapitalismo. 
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A noite vi Malkmabahf, Saalam cinema. Guillaume perguntou pq eu gosto tanto de viajar sozinha. 
Eu teria dias pra falar sobre isso pra ele. Mas sei que no fundo o que ele quer ouvir é que o que eu amo mesmo é viajar com ele.
O amor.
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Voltando pras coisas da vida. Elodie perdeu o namorado de 3 semanas. Serge, um libanes de 29 anos, sabio de musicas, Cioran e cinema. Elo achava que ele era o homem ideal, aquele que ela sempre buscou. Elo tem um pai ausente, desinteressado pelos seus estudos - o que pra ela defini quase tudo o que ela é - sendo assim, o homem ideal pra ela é alguem mais velho (elo tem 21), o qual ela possa admirar. O Serge era esse homem, no momento.
Elo chora constantemente. Repete varias vezes trajetorias diferentes que ela poderia ter feito pra mante-lo perto dela.
Eu ouço tudo. E mesmo sabendo que vai passar, pq tudo passa, digo apenas que ela chore, chore tudo o que puder.
A gente nao pode ignorar o sofrimento alheio. Eu odiava quando faziam isso comigo... Vai passar, é a idade... 
Fala sério.
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Do outro lado, sobre as coisas boas, Fernando (melhor amigo ever, cozinheiro aclamado e padeiro famoso, alem de grande filosofo...) vai abrir sua propria padaria, até ja me deu o menu!
Wow!
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Voltarei ao Benjamin, 
Dia de chuva, tudo nublado. 

K

vendredi 6 février 2009

coisas

Eu fico pasma com o fato da minha familia gastar horrores com telefone, e nunca, absolutamente NUNCA ligarem pra mim. 
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Tem coisa que a gente nao entende mesmo.

K

lundi 2 février 2009

A aura em Benjamin e como me esqueci das visitas

Teve essa aula super nao linear sobre o conceito de Aura em Benjamin. A professora, toda eufórica, viajava no tempo toda hora tentando explicar a aura e o choque que Benjamin descreve no livro A obra de arte na época de sua reprodutibilidade...
Eu olhava pra ela atenta, tentando seguir a linha de raciocinio caótico que ela tentava estabelecer. E era tao bonito ver a professora tao entusiasmada com o que ela tava falando...
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O Benjamin gosta das monadas do Leibniz, entao tudo que ele escreve parece desordenado pq é o propósito mesmo, e talvez tenha sido o propósito da professora tambem, who knows?
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Passei boa parte da semana preparando bibliografia pra minha pesquisa, a outra parte falando com o orientador sobre o projeto, e me senti segura na problemática que estabeleci. Fazia tempo que nao sentia os pés no chao tao firmes como nessa semana que passou, e foi um alívio!
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E eu me esqueci das visitas, que foram pontuais e me pegaram de surpresa... Mas no final deu tudo certo. 
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Minhas conversas com meu pai me rendem muitas risadas. Meu pai tem um jeito gostoso de me fazer rir dos problemas que nao sao problemas, e de me fazer ver os sonhos que ja viraram realidade.
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Meu pai é uma figura e tanto...

Ka