a noite sem dormir.

Noite em branco. Pior ainda é que nao to cansada neste exato momento... mas tenho esperanças de bem dormir.

Teve um texto de um colega unicampeano que gostei muito, e que me fez pensar bastante sobre essa questao da fragilidade da vida e do quanto nossos sentimentos e aquilo que colocamos no mundo (nossas palavras, nossos atos), uma vez no mundo ganham uma autonomia tao grande. A gente nunca sabe o que causa nos outros aquilo que falamos ou fazemos, tao pouco a idéia que as pessoas possam ter de nós.

O cúmulo da representaçao talvez. O cúmulo do virtual.

Texto filosofico escrito de maneira poética pode ser complicado. A poesia tem as vezes esse dom de nada dizer, e quando num texto filosófico o risco é ainda maior. Mas o amigo unicampeano, que é filosofo e que ama literatura, faz um desabafo. E pra desabafos pouco importa o estilo.

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Ainda nesta mesma linha de pensamento, sobre a questao da força e da fragilidade da vida, sobre a independencia dos nossos atos uma vez no mundo, algo me veio a memoria. O caso das agressoes morais que os trabalhadores do aeroporto em aracaju sofreram, sendo chamados de analfabetos, mortos de fome.

Essa questao do anafalbetismo no brasil, que muitas vezes é tambem utilizado para perjurativar o presidente Lula, é algo que me revolta profundamente.

Dizer que o brasil vai mal pq lula é semi analfabeto é pra mim o mesmo que dizer que o vizinho, o tio, o avo, sao incapazes pq sao analfabetos. Sera que as pessoas nao se lembram que mais da metade da populaçao brasileira é analfabeta ou semi?

Pior ainda, sera que elas tambem nao percebem que nao ter acesso a educaçao nao é uma escolha?

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Eu tenho problemas seríssimos com a elite brasileira. Principalmente pq a maioria dela é extremamente mediocre.

Mediocridade pode ser perigosa as vezes.

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Mas o domingo nao foram so reflexoes sobre a vida, foi tambem dia de rever pessoas queridissimas, rir, namorar, passear na linda Montreal ensolarada.

Eu ando em estado de paixao.

K